domingo, 16 de maio de 2010

Indigenas... Homens como nós...

Darcy Ribeiro comentou que uma das decisões mais sábias da sua vida, foi a dedicação a etimologia indigena. E ele dedica isso a academia de São Paulo, que o levou a estudar o ser humano na natureza indígena. Com isso, ele procura mostrar que o indio não está tão afastado de nós.

Como é de costume no pensamento de várias pessoas, eles imaginam que o índio em sua tribo é um ser estranho, selvagem, porém, essa não é uma concepção correta. Da mesma forma que um europeu, asiático, africano, são homens que sabem que sabem [homo  sapiens sapiens], ou seja, tem capacidade de pensar, raciocinar, refletir, os indigenas também tem. Sendo assim, a história deles não começou quando os europeus chegaram à América mas sim, a muitos anos antes. Nessa situação, é como se o povo do lado esquerdo do Atlântico vivessen em um mundo, e os do lado direito, em outro completamente diferente até cerca de 500 anos atrás, porém, cada um com a sua história para contar. Mas só que quando os europeus chegaram, eles não quiseram saber o que o indio tinha para contar de seu passados, somente se  interessaram pelas índias dos peitos caídos, e as riquezas dessas terras. Então criou-se a imagem de que o indigena só virou alguém, a partir da chegada dos colonizadores, e mesmo assim, inferiores, "bichos do mato", pois não eram iguais ao pardão de pessoa da época.

Um exemplo de que eles nunca foram selvagens, é que quando portugueses, espanhóis, ingleses, entre outros, chegaram à América no século XV, muitos dessas comunidades indigenas já possuiam uma organização social.

Então, quando um antropólogo como Darcy Ribeiro resolve estudar os indios, não é como um biólogo estuda um leão em seu habitat, que fará sempre a mesma rotina, mas sim, estudar um ser humano em sua sociedade, submetido a capacidade de inteligir, pensar, questionar, em um ambiente diferente do padrão dos outros, a mata.

Com esse trabalho, mesmo após o falecimento de Darcy, e continuado por outros antropólogos,, ainda a muito que se conheccer e aprender com a cultura e história desse povo. Mas além de descobrir, poder preservar também, para futuras gerações.

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