quinta-feira, 20 de maio de 2010

Cheguei a conclusão que...

Boa Tarde Amigoos... [lembrei de uma amiga minha dizendo "chamar o outro de amigo é muita falsidade" kkkk]

Então galera... acho que esse post hoje nem vai ser grande não [obaaa!!!]... pelo fato de que estou aqui penas para dizer que cheguei a uma conclusão muito profunda hoje...

Começar explicando a situação...

Querido leitor, se você está passando, ou já passou pelo pesadelo do 3° ano do Ensino Médio, sabe o que irei dizer, mas se você ainda não passou, saberá um dia...

Quando estamos no início do 3° ano, um dos assuntos mais discutidos entre as artes e literatura, são as vanguardas européias, e o tal do modernismo no Brasil, semana de arte moderna de 1922... essas coisas...

Então hoje durante minhas aulas de E.M.A.C [ENSINO MUSICAL, ARTISTICO E CÊNICO] resolvi refletir sobre as pessoas que influenciaram nessas estética artísticas...

Vamos focar sobre o Modernismo no Brasil..

O que elas procuravam??

Concerteza, estavam cansados do antigo, o parnasiano [no caso da literatura], aquela estética cheia de regras, carcterísticas em comum entre as obras, temas inúteis... e resolveram se rebelar através da semana de arte moderna dos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 no teatro municipal de São Paulo... Nessa, existia apenas uma regra, que era justamente, não seguir nenhuma regra do antigo...

E lógico, como em tudo, existiam os que eram contra... aqueles que valorizavam o antigo... Pessoas como Monteiro Lobato por exemplo, que metia pal nos artistas modernos... Ele persistia em fechar os olhos para o novo... Como diz no artigo o próprio lançou no jornal Estado de São Paulo...



"Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêm as coisas e em conseqüência fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestre. [...] A outra espécie é formada dos que vêm anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos de decadência; são frutos de fim de estação, bichados ao nascedouro. Estrelas cadentes, brilham um instante, as mais das vezes com a luz do escândalo, e somem-se logo nas trevas do esquecimento."
"Embora se dêem como novos, como precursores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu como a paranóia e a mistificação."



[artigo completo: clique aqui]



Conclusão, Monteiro Lobato queria viver de antiguidade, de "Vaso Chinês"...

E é assim que estou me sentindo a partir de hoje...

Quando eu digo que esses modismos não prestam, que a nova cultura é péssima, que não existe nada de valioso na cultura brasileira atualmente, igualmente ao Lobato, estou fechando meus olhos para o novo...

Muitas vezes, nunca assisti um filme, nunca escutei uma banda, nunca li um livro que está na moda, e pelo vício de se opor ao novo, eu crítico ferozmente aquela novidade... Mesmo sem ao menos saber do que se trata...

E mesmo aquilo que conheço de mais novo, para eu gostar, tem que ser baseado em estéticas anteriores aos anos 90, como no caso da música...Um exemplo está a banda Angra, de 1991... é pós-1990, porém, é completamente influenciada por outras bandas dos anos 80, então está incluida no meu gosto musical...

Quem sabe a cultura do novo milênio não seja tão ruim?? Talvez seja eu o tal "cabeça fechada" que não quer abrir os olhos para o que é novo, e não você, que escuta o CINE, Restart, que são completamente modernos...

Então é isso... Cheguei a conclusão de que sou um grande idiota "classicista" [só quer saber do clássico], e não estou nem ai para o que surge por ai...

Mas não pensem que vou mudar não... continuarei sendo o mesmo idiota metendo pau no crepúsculo, nos emos, na bandinha que foi lançada domingo passado no Faustão... Porque é assim que consigo ser feliz... e o que importa é simplesmente isso... nossa Felicidade...






Abaixo vai uma das clássicas obras no Parnasianismo, tão criticado na semana de arte moderna... [fique bem claro que é uma das estéticas literárias que mais odeio, e amo o modernismo]

Vaso Chinês - Alberto de Oliveira

Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o

Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio
Entre um leque e o começo de um bordado.

Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado
Na tinta ardente, de um calor sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura —
Quem o sabe? — de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.

Que arte em pintá-la! A genta acaso vendo-a
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.



Obtida de http://pt.wikisource.org/wiki/Vaso_chin%C3%AAs

Um comentário: